Na Cidade Velha de Jerusalém, os fiéis de Maomé voltaram a orar na mesquita de Al-Aqsa após dias de confrontos sangrentos com as IDF
Milhares de muçulmanos voltaram à mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha em Jerusalém, esta quinta-feira, para as orações de Eid-ul-Fitr, a celebração do fim do Ramadão, no primeiro dia do décimo mês do calendário islâmico.
Após dias de tumulto em Jerusalém, com confrontos entre palestinianos e as forças de defesa israelitas, que alastraram de forma trágica à Faixa de Gaza, a calma parece ter voltado ao Monte do Templo, o local conhecido no Islão como Nobre Santuário e que é partilhado de forma sagrada por judeus, cristãos e muçulmanos.
Noutros países de forte implantação islâmica, como a Turquia, as orações do Eid-ul-Fitr dominam o som ambiente.
À porta da mesquita Hagia Sophia, em Istambul, ouviram-se também palavras de apoio aos palestinianos, em solidariedade pela pressão sofrida por parte de Israel, nomeadamente na Faixa de Gaza, onde ataques aéreos têm deixado um rasto de destruição e morte, incluindo de crianças.
Yasemin Yesilmen, vive em Istambul, mas diz que já "há vários dias" que não consegue dormir. "Estamos a acompanhar os eventos e a chorar. Tudo o que podemos fazer agora é rezar. Se ao menos pudéssemos ir lá e estar com os nossos irmãos. Era isso que gostava", assume esta residente muçulmana na Turquia.
Na Europa, o fim do jejum do Ramadão está também a ser celebrado por todo o lado onde existem comunidades islâmicas, como, por exemplo, na antiga república jugoslava do Kosovo ou na Mesquita Central de Lisboa, em Portugal.
Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, o Empire State Building voltou a assinalar em Nova Iorque o início do Eid-ul-Fitr iluminando-se de verde, a cor que simboliza a renovação espiritual no Islão.