Celebra-se a 17 de maio o Dia Internacional contra a Homofobia, uma data para alertar para o respeito pelos Direitos Humanos da comunidade LGBTI
17 de maio é o Dia internacional contra a Homofobia.
A comemoração marca a data em que a OMS, em 1990, retirou a homossexualidade da classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados com a saúde.
É também uma jornada para refletir no respeito pela diferença e assinalar as lutas e conquistas de direitos que ainda não são uma realidade em todos os países do mundo.
"2020 foi marcado pelos confinamentos e recolher obrigatório, o que levou a mudanças de hábitos. Temos estado muito mais em família e com a vizinhança, e isso levou a um aumento dos atos "LGBTfóbicos" nesses locais, e a uma diminuição desses atos no espaço público", diz-nos Lucile Jomat, presidente da associação francesa, SOS Homofobia.
A associação publicou neste dia o relatório de 2021, que revela que 2020 viu crescer 13% os atos homofóbicos e transfóbicos no seio das famílias e das comunidades de vizinhança.
Nicolas Certes, que participa na elaboração do relatório, comenta: "Uma em cada dez das vítimas que nos liga são menores, e em grande aflição, principalmente em situações de bifobia e transfobia. Estes menores contactam-nos frequentemente, apesar de já terem sido expulsos e/ou já terem feito várias tentativas de suicídio".
De acordo com o relatório, em França, metade das vítimas têm menos de 25 anos e sofrem sobretudo de assédio, ameaças, e agressões físicas e sexuais.
Em Portugal, a data foi assinalada com o lançamento da campanha: #DireitosLGBTISãoDireitosHumanos, que pretende alertar para a tolerância zero a todas as formas de violência contra pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo.