Agência Internacional de Energia avisa governos: é preciso agir já!

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De  Francisco Marques
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Relatório da AIE agora publicado alerta para a urgência de se travar já os investimentos em novos projetos de combustíveis fósseis, no início de um roteiro para ainda se atingir a neutralidade carbónica em 2050

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A Agência Internacional de Energia apela aos governos para intensificarem as ações prometidas no combate às alterações climáticas, nomeadamente a acelerarem a aposta nas chamadas energias limpas e a cortarem por completo a dependência nos combustíveis fósseis.

O apelo surge num relatório agora publicado detalhando o caminho para se conseguir a ambicionada neutralidade carbónica até 2050.

Para isso, será preciso:

- parar já com todo e qualquer investimento em novos projetos baseados nos combustíveis fósseis;

- acabar até 2035 com a venda de novos veículos de passageiros com motores de combustão interna;

- e até 2040, garantir que todo o setor elétrico mundial já tenha atingido a neutralidade carbónica.

Seguindo este roteiro aqui resumido dará ao planeta a possibilidade de conseguir limitar o aquecimento global ao desejado agravamento máximo de 1,5°C face aos níveis pré-industriais, garante a agência internacional da Energia, mantendo assim ao alcance o objetivo traçado em 2015 no Acordo de Paris.

Uma das cidades tidas como exemplo na forma como está a tentar reduzir a pegada carbónica é a capital de Portugal.

A democratização e promoção do uso de transportes públicos amigos do ambiente é uma das grandes apostas de Lisboa, que em abril anunciou um investimento a rondar os €60 milhões para a aquisição de mais 15 elétricos articulados e 30 autocarros de motor elétrico, tendo na altura o presidente da Câmara, Fernando Medina, destacado o investimento de quase €100 milhões já efetuado na Carris desde 2017, ano em que a empresa foi municipalizada.

“Sabemos que em Lisboa, a maior parte das nossas emissões têm origem nos transportes, por isso temos de agir sobre os transportes. Temos uma estratégia forte para promover os transportes públicos. Cortámos nos tarifários e mesmo antes da covid aumentámos a procura em cerca de 30 por cento num só ano ao reduzirmos os tarifários dos transportes púbicos”, explicou à Euronews Miguel Gaspar, o vereador com a pasta da Mobilidade na Câmara Municipal de Lisboa.

O diretor da Agência Internacional de Energia está convicto de que a urgente aposta em fontes de energias limpas, como os painéis solares ou os parque eólicos, será também uma fonte de milhões de empregos e irá resultar no crescimento económico global.

Fatih Birol avisa que esta aposta precisa contudo de "ações fortes e credíveis" por parte dos governos, reforçadas por uma "grande cooperação internacional", para que o planeta consiga de facto entrar no caminho para um futuro mais saudável.

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