Comunidade LGBT faz protestos nas ruas italianas.
Não é a primeira vez e talvez não seja a última: os atrasos na aprovação da primeira lei italiana sobre crimes de ódio contra as pessoas LGBT e outros grupos, incluindo pessoas com deficiência, deram início a vários protestos em toda a Itália. Enquanto o debate aquece, milhares de pessoas reuniram-se numa das maiores praças de Roma no sábado passado.
Há alguns meses Orazio foi vítima de um ataque não provocado, tanto verbal como físico. Ao recordar esse momento, explicou porque decidiu não denunciar o caso.
À medida que os contra protestos aconteciam ao mesmo tempo - o presidente da Conferência Episcopal Italiana pediu aos legisladores para mudarem a lei em vez de a suprimir. Os bispos italianos avisaram no passado que o novo projeto de lei pode chocar opiniões mais tradicionalistas.
Uma associação com sede em Roma, oferece apoio psicológico e uma linha de apoio a vítimas de crimes de ódio. Os voluntários lidam com 60 chamadas por semana, em média. E, devido à falta de uma lei específica que cubra tais casos, também prestam aconselhamento jurídico.
Embora a lei tenha recebido luz verde da Comissão de Justiça do Senado italiano, ainda não foi marcada uma data para o debate no Senado. Muitos temem que os políticos de extrema-direita, incluindo o partido Liga, possam atrasar ainda mais a aprovação desta lei.