Os lotes da Sputnik V produzidos pela União Química serão exportados para outros países da América Latina, mas ainda não podem ser comercializados no Brasil.
A vacina anti-Covid 19 Sputnik V, criada na Rússia, já está a ser produzida no Brasil e vai poder ser distribuída na América Latina, embora, pelo menos por enquanto, não no Brasil, já que a Anvisa, a agência reguladora de saúde no país, impede a comercialização do produto. Alega que a Rússia não deu informações suficientes.
"Estivemos na Rússia e trouxemos de lá o conhecimento e a tecnologia para fabricar aqui a vacina. O resultado está aqui. O nosso processo de produção vai desde a criação dos IFA (ingredientes farmacêuticos ativos) até à embalagem do produto final. Vamos produzir oito milhões de doses por mês, 100 milhões por ano", explica José Luís Junqueira, vice-presidente da empresa farmacêutica brasileira União Química, responsável pela produção da Sputnik V no Brasil.
O primeiro lote já saiu das fábricas da União Química. A decisão da Anvisa de não autorizar a distribuição da vacina russa no Brasil está a ser criticada pela Rússia, que vê na decisão motivações políticas. O Brasil é um dos países mais afetados pela Covid-19 em todo o mundo.