Avião da Ryanair aterra sem jornalista bielorrusso a bordo

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De  Ricardo Figueira
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O regime do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko desviou um avião que fazia a rota Atenas-Vílnius para deter um jornalista dissidente. União Europeia pede ação firme contra Minsk.

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O avião da Ryanair que fazia a rota entre Atenas e Vílnius e foi desviado para a Bielorrússia aterrou na capital da Lituânia com menos, pelo menos, um passageiro: Raman Protasevich, jornalista opositor ao regime de Alexander Lukashenko. Algumas fontes dizem que, além do jornalista, outras cinco pessoas ficaram em Minsk. As autoridades bielorrussas obrigaram o avião a aterrar na capital do país, com a desculpa de uma ameaça de bomba a bordo. O desvio foi, na verdade, uma estratégia para prender Protasevich.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, diz que é "algo inaceitável, uma violação das regras internacionais que tem de ter consequências".

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu uma investigação ao sucedido e o antecessor Donald Tusk pede uma "ação concreta contra Lukashenko, que se tornou uma ameaça à segurança internacional".

Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa, diz que as palavras não chegam e é precisa uma ação decisiva, com ajuda da comunidade internacional: "A partir de agora, não há uma única pessoa, de nenhum país, que possa sentir-se em segurança ao sobrevoar a Bielorrússia", frisa.

A partir de agora, não há uma única pessoa, de nenhum país, que possa sentir-se em segurança ao sobrevoar a Bielorrússia.
Sviatlana Tsikhanouskaya
Líder da oposição bielorrussa

Protasevich é um colaborador próximo de Tsikhanouskaya e estava refugiado na Lituânia, tal como a líder da oposição e candidata presidencial. É cofundador da NEXTA, uma plataforma na rede social Telegram que cobre as manifestações contra o regime de Lukashenko que perduram na Bielorrússia desde as eleições de agosto, que deram um sexto mandato ao presidente bielorrusso.

Segundo algumas fontes citadas pela agência EFE, Protasevich pode ser acusado de terrorismo, punido na Bielorrússia com a pena de morte.

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