Aumenta a pressão sobre a Bielorrússia

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Direitos de autor SERGEI GRITS/AP
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De  Nara Madeira com AP, AFP
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Aumenta a pressão sobre a Bielorrússia. Líder da oposição diz que isso leva à compreensão de que é preciso "negociar novas eleições".

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O novo capítulo da crise bielorrussa chegou ao desporto. Em Riga, na Letónia, onde decorre o campeonato do mundo de hóquei no gelo, o presidente da câmara retirou a bandeira da Bielorrússia mas a Federação Internacional da modalidade não gostou. O organismo afirmou que a decisão vai contra o slogan do anfitrião "Paixão. Sem Fronteiras" e exigiu a reposição da bandeira ou a retirada da sua, que foi o que aconteceu.

Também o setor da aviação está a ser afetado. Muitas companhias aéreas estão a evitar sobrevoar a Bielorrússia depois da União Europeia proibir o país de fazer o mesmo sobre os Estados-membros.

É a "Europa em ação" como escrevia o presidente do Conselho Europeu nas redes sociais, decisão aplaudida pela oposição bielorrussa.

A antiga adversária do presidente bielorrusso às presidenciais, Sviatlana Tikhanovskaya, afirmava que esta "atenção dos países Democráticos", o "isolamento político de Lukashenko, as sanções" e as conferências que estão a ser organizadas sensibilizam para a situação na Bielorrússia e levarão à compreensão de que é preciso "negociar novas eleições".

A preocupação em relação ao jornalista, Roman Protasevich, detido pelas autoridades bielorrussas naquilo a que a União Europeia chamou de "sequestro" de um avião comercial é grande. Sobretudo após ser divulgado um vídeo em que este assumia ser um dos responsáveis pelos protestos que ocorreram em Minsk. Foi também publicada, posteriormente, uma fotografia da sua namorada que viajava com ele e foi também retirada da aeronave e levada.

Muitos países exigem a sua libertação imediata enquanto a NATO pede uma investigação, urgente, ao desvio do avião da Ryanair que viajava da Grécia para a Lituânia quando foi obrigado a mudar de rota, e a parar na Bielorrússia, alegando-se haver uma bomba a bordo. Também o Conselho de Segurança da ONU vai realizar uma sessão de emergência.

O chefe da Diplomacia lituana, Gabrielius Landsbergis, mostrava-se "satisfeito pelo facto de os EUA estarem a trabalhar em conjunto com a UE nesta matéria", acrescentando que é preciso enviar "esta mensagem transatlântica ao ditador da Bielorrússia, Lukashenko. O principal objetivo em termos diplomáticos é que este seja visto como um incidente internacional", frisava o chefe da Diplomacia da Lituânia.

Mas Alexander Lukashenko está habituado a estar sob pressão, após meses de protestos que se seguiram à sua reeleição. A oposição do país fala em manipulação do escrutínio. O chefe de Estado respondeu às manifestações com violência policial que fez centenas de mortos de acordo com organizações não-governamentais.

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