Macron admite "silêncio" de França no genocídio no Ruanda

Emmanuel Macron prestou homenagem aos mortos no Ruanda
Emmanuel Macron prestou homenagem aos mortos no Ruanda Direitos de autor LUDOVIC MARIN/AFP
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Presidente de França, reconhece responsabilidade mas nega cumplicidade no genocídio.

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"Venho reconhecer as nossas responsabilidades" no genocídio de 1994. Foram estas as palavras do Presidente de França, num muito aguardado discurso no Ruanda. No memorial do genocídio, em Kigali, Emmanuel Macron sublinhou que França "não foi cúmplice", na altura de François Mitterand, mas que o silêncio prevaleceu durante demasiado tempo. De visita oficial ao país, Macron pretende dar um "passo final na normalização das relações" entre os dois países, após mais de 25 anos de tensões.

Todos nós abandonámos centenas de milhares de vítimas neste isolamento infernal. No rescaldo, enquanto os responsáveis franceses tiveram a clareza e a coragem de qualificar o genocídio, França foi incapaz de tirar as conclusões apropriadas. Portanto, estando humildemente e respeitosamente do vosso lado, venho hoje reconhecer as nossas responsabilidades.
Emmanuel Macron
Presidente de França

A visita de Macron acontece dois meses depois da publicação de um relatório oficial de uma comissão de peritos formada pelo Eliseu, sobre o papel de França no genocídio no Ruanda. Milícias hutus mataram cerca de 800 mil tutsis étnicos e hutus moderados, num dos piores massacres étnicos da história recente.

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