Ingleses em confrontos antes da final da "Champions" no Porto

Polícia portuguesa teve de intervir para acalmar adeptos ingleses no Porto
Polícia portuguesa teve de intervir para acalmar adeptos ingleses no Porto Direitos de autor AP Photo/Luis Vieira
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De  Francisco Marques
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Polícia teve de intervir para garantir a segurança na Invicta e isolou duas zonas para controlar os adeptos. Jogo começa às 20 horas

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Manchester City e Chelsea decidem este sábado no Porto o sucessor do Bayern de Munique como campeão europeu de clubes. Curiosamente, é a primeira final da Liga dos Campeõespós-Brexit e vai decidir o máximo título europeu de clubes entre dois emblemas britânicos.

Milhares de adeptos ingleses têm enchido a baixa do Porto desde quinta-feira. Muitos a circular pela cidade Invicta sem máscara nem respeito pela distância social ainda imposta em Portugal nos espaços públicos, devido à pandemia.

Houve mesmo alguns confrontos que motivaram a intervenção policial e, para este sábado, as autoridades anunciaram a criação de duas “fans zones”, uma para cada equipa.

AP Photo/Luis Vieira
Adeptos ingleses protagonizaram confrontos na baixa do PortoAP Photo/Luis Vieira

Os adeptos do Manchester City vão concentrar-se na Alfândega e os do Chelsea nos Aliados. A expetativa é evitar os confrontos que a polícia admite como... inevitáveis.

O acesso a estes perímetros, entre as 08 horas da manhã e as 18 horas, é feito mediante a apresentação de bilhete para o jogo e o comprovativo de teste PCR anticovid com resultado negativo, o que as autoridades entendem como garantido por ter sido necessário para viajar do Reino Unido para Portugal.

Nestes espaços, há capacidade para receber até seis mil adeptos e será permitido consumir bebidas alcoólicas, sendo estas áreas colocadas num estatuto especial para tal.

A partir das 16 horas, os adeptos com ingresso para o jogo começarão a ser conduzidos num trajeto de segurança, em autocarros, até ao Estádio do Dragão, o palco da final.

Terminado este transbordo dos adeptos com bilhete para o jogo, as "fans zones" abrem-se para os adeptos ingleses sem ingressos, mas que terão de apresentar na mesma um teste PCR negativo para ali poderem assistir ao jogo através de ecr´ãs gigantes.

As autoridades avisaram não haver regime de exceção nos horários para os estabelecimentos comerciais, o que implica que bares e restaurantes terão de encerrar às 22h30.

Manchester City e Chelsea, respetivamente campeão inglês e finalista vencido da Taça de Inglaterra, são os adversários na segunda final da Liga dos Campeões consecutiva em Portugal, depois de em agosto passado o Bayern ter ganho o troféu no Estádio da Luz diante do Paris Saint-Germain.

O diretor da Federação Portuguesa de Futebol para as Competições e Eventos assinalou que a preparação desta final "tem sido um sprint" e agradeceu à UEFA a "confiança em Portugal pelo segundo ano consecutivo".

"Normalmente, o processo de organização de uma final europeia demora ano e meio. Tivemos cerca de três semanas", especificou o diretor da FPF Carlos Lucas, falando da forma como a UEFA teve de procurar rapidamente uma alternativa ao estádio Atatürk, em Istambul, que era o palco previsto para final antes de o Reino Unido ter colocado a Turquia na "lista vermelha" da pandemia.

Duelo inglês

Em relação ao jogo, esta época há três portugueses envolvidos e todos pelo City. João Cancelo deve começar no banco, mas Rúben Dias e Bernardo Silva deverão estar no "11" de Pep Guardiola para este reeencontro com os "blues" de Londres.

"O jogo vai viver de momentos. Não vamos ter 90 minutos para um dos lados nem o controlo completo. Em alguns momentos, vamos ter de sofrer e mentermo-nos juntos. Nos momentos em que tivermos o controlo vamos tentar aproveitar", afirmou o treinador espanhol do City, no lançamento da partida.

Do lado do Chelsea, apesar de haver ainda algumas dúvidas na equipa, Tomas Tuchel tem a motivação de ter vencido os dois últimos duelos contra Guardiola, em jogos realizados no último mês e meio. O respeito pelos "citizens", no entanto, mantém-se.

"Eles são neste momento, talvez, a equipa mais forte da Europa. Talvez mesmo do mundo. Conseguiram colocar um grande desnível entre eles e nós na Liga inglesa. Conseguimos desfazer esse desnível durante 90 minutos em Wembley (n.: meia final da Taça, em abril). Conseguimos desfazer esse desnível em Manchester, no jogo do campeonato, e é isso que queremos voltar a fazer nesta final", perspetivou o treinador alemão Thomas Tuchel.

A final da Liga dos Campeões tem o apito inicial, no Estádio do Dragão, marcado para as 20 horas (hora local).

Outras fontes • UEFA

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