Os presidentes da Bielorrússia e da Rússia reuniram-se pelo segundo dia consecutivo depois da crise diplomática com a União Europeia, originada pelo desvio de um avião da Ryanair e detenção de um jornalista, crítico de Minsk.
Varsóvia, capital da Polónia, foi palco de um protesto popular contra o regime da Bielorrússia e pela libertação do jornalista Raman Pratasevich, detido após o desvio de um avião da Ryanair.
Entre bielorrussos e figuras políticas polacas, esteve a mãe do jornalista. "Pela liberdade de expressão do meu filho e da Sofia, e outros estão na prisão. "Quero que Lukashenko pense bem. Peço aos repressores que pensem bem se ainda tiverem alguma humanidade em vocês. Não tenho vergonha de pedir a todos os países da União Europeia, pedir a América para nos ajudar", declarou Natalia Pratasevich.
Kiev, na Ucrânia, foi também palco de um protesto pelos mesmos motivos, um dia em que se assinala o aniversário da detenção do marido da líder da oposição bielorrussa, Svetlana Tskikhanouskaya.
Os bielorrussos a viver fora do seu país, explicam porque participam na manifestação. "Não temos oportunidade para protestar na nossa terra natal. Por isso, muitas pessoas decidiram chamar a atenção de outros países, para dizer que estamos todos a viver no mesmo mundo, na mesma Europa.
A Rússia está do lado da Bielorrússia, no caso do desvio do avião da Ryanair. A posição russa nas Nações Unidas demonstra isso. “Dizer que foi uma aterragem forçada, condená-la e introduzir sanções sem qualquer investigação, esse tipo de comportamento é absolutamente irresponsável", explicou.
Alexander Lukashenko e Vladimir Putin retomaram as conversações ao largo da cidade balnear russa de Sochi, no mar Negro, conversações que tiveram início na sexta-feira e prolongaram-se por mais de 5 horas, de acordo com fontes oficiais.