UE pressiona Lukashenko e congela ajudas à Bielorrússia

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Direitos de autor DMITRY ASTAKHOV/AFP
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Plano de apoio europeu, no valor de três mil milhões de euros, só será ativado se a Bielorrússia der início a uma transição democrática.

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A União Europeia vai disponibilizar ajuda financeira no valor de três mil milhões de euros à Bielorrússia, mas apenas depois de o país garantir uma transição para a democracia, anunciou, esta sexta-feira, o chefe da diplomacia europeia Josep Borrell. 

Até lá, o executivo comunitário mantém o braço de ferro com o regime de Lukashenko, tendo já aplicado sanções como congelamento de bens e proibição de viagens a mais de 80 pessoas ligadas ao regime, entre elas o próprio presidente.

Borrell revelou ainda que o plano aprovado pela Comissão Europeia tem como objetivo "apoiar a Bielorrússia a estabilizar a sua economia, reformar as suas instituições, aumentar a sua resiliência económica, o seu potencial de crescimento e tornar o país mais democrático”. Esta proposta de apoio, afirmou, “não será um forte encorajamento” ao Presidente bielorrusso, Aleksander Lukashenko.

Os líderes europeus admitem, no entanto, que a pressão exercida contra Lukashenko possa fazer danos colaterais.

Aos jornalistas, o primeiro-ministro dos Países Baixos afirmou que nem sempre será fácil proteger os bielorrussos do impacto das sanções.

"Faremos tudo para proteger os indivíduos na Bielorrússia do impacto destas sanções, mas isso nem sempre será fácil. Mas temos de fazer tudo para chegar ao regime. A Lukashenko e ao seu povo. Só o podemos fazer através de sanções específicas", disse Mark Rutte.

No mesmo dia, Lukashenko foi recebido pelo presidente Vladimir Putin, no sul da Rússia, e acusou o Ocidente de tentar "desestabilizar" a situação do país.

Recorde-se que a pressão de Bruxelas sobre o regime de Lukashenlo se acentuou depois de, este mês, um avião da Ryanair que partiu de Atenas com destino a Vilnius ter sido desviado para Minsk. 

No voo seguia Roman Protasevich, um jornalista bielorrusso exilado, que, após a aterragem, foi detido e já admitiu várias acusações. O vídeo em que aparece suscitou, no entanto, suspeitas de coação, por parte da família e da comunidade internacional.

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