Bruxelas ameaça Londres na "guerra das salsichas"

Bruxelas ameaça Londres na "guerra das salsichas"
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De  Euronews
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A União Europeia ameaça retaliar caso Reino Unido adie controlos aduaneiros com a Irlanda do Norte, em particular nas carnes frias, como os britânicos pretendem. Bruxelas quer a aplicação do protocolo para a Irlanda do Norte, Londres deseja soluções "pragmáticas".

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Já lhe chamam de "guerra das salsichas" mas na verdade é uma "diálogo de surdos", em vez de progresso, tensão e ameaças. União Europeia e Reino Unido não se entendem numa solução para um acordo comercial pos-brexit para a Irlanda do Norte. Depois de uma reunião entre os dois lados, bruxelas lança um alerta caso Londres adie a aplicação de controlos aduaneiros, em particular sobre carnes frias britânicas.

"A confiança, que deve estar no centro de qualquer parceria, precisa de ser restaurada. Esta é a abordagem e a preferência da UE. Se o Reino Unido tomar novas medidas unilaterais durante as próximas semanas, a UE não será tímida em reagir rápida, firme e resolutamente para assegurar que Londres cumpre as suas obrigações internacionais", diz Maros Sefcovic, vice-presidente da Comissão Europeia.

O ministro britânico para as Relações com a União Europeia acusa Bruxelas de ser demasiado purista e que está pronto trabalhar numa solução pragmática. 

David Frost diz que "a União Europeia insiste que aplicar o protocolo de uma forma extremamente purista. A realidade é que se trata de um documento muito equilibrado, concebido para apoiar o processo de paz e lidar com as políticas muito sensíveis da Irlanda do Norte. Se conseguirmos encontrar soluções pragmáticas que funcionem com isso, teremos muito prazer em trabalhar com eles".

A imprensa britânica chama-lhe a "guerra da salsichas" porque o protocolo para a Irlanda do Norte pode criar obstáculos na venda de carnes frias britânicas no Ulster. O protocolo, arrancado a ferros entre Londres e Bruxelas, mantém a região britânica no mercado único europeu para evitar o retorno de uma fronteira física com a vizinha República da Irlanda, país membro da UE, e assim preservar a paz interna no Ulster.

Os unionistas consideram que o protocolo para a Irlanda do Norte cria uma fronteira entre o Ulster e o resto do Reino Unido.

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