Agressividade da Rússia e expansão da China à mesa da cimeira da NATO

Presidente de França, Emmanuel Macron, a chegar à cimeira da NATO
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De  Francisco Marques
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Chefes de Estado e de Governo dos 30 estados-membros da aliança do Atlântico Norte reúnem-se em Bruxelas para definir a defesa perante os maiores rivais

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A gestão da alegada agressividade da Rússia e a contenção da expansão chinesa devem dominar a cimeira da Aliança Atlântica, esta segunda-feira, em Bruxelas.

Os chefes de Estado e de Governo dos 30 países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa) vão reunir-se pela tarde, incluindo pela primeira vez a presença de Joe Biden, enquanto Presidente dos Estados Unidos.

O Secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, antecipou a referida agenda desta cimeira.

A nossa relação com a Rússia está no ponto mais baixo desde o final da guerra fria. Deve-se às ações agressivas da Rússia.

Estou confiante que os líderes da NATO vão confirmar a nossa abordagem com a Rússia: uma forte defesa combinada com diálogo.

O crescimento militar, o reforço de influência e o postura coerciva da China também colocam desafios à nossa segurança.
Jesn Stoltenberg
Secretário-geral da NATO

Esta cimeira da NATO em Bruxelas acontece ainda durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia. O governo português ainda tentou que a mesma se realizasse em território nacional, mas Bruxelas foi o palco eleito e António Costa está na cidade com o foco na assinatura do protocolo do Certificado Digital Covid-19 da União Europeia.

Da agenda apertada de Joe Biden constam apenas reuniões os presidentes das instituições europeias, Ursula von der Leyen e Charles Michel, com quem já esteve na cimeira do G7 no Reino unido e com quem deverá abordar o futuro da aliança.

Em declarações à Euronews, o antigo secretário-geral adjunto da NATO, Jamie Shea, perspetivou as ideias do presidente norte-americano para o futuro da aliança.

Por um lado, com Joe Biden, os Estados Unidos voltam a comprometer-se com a defesa coletiva da NATO, com uma maior presença militar na Europa e, sobretudo, a enfrentar os desafios colocados pela Rússia.

Por outro lado, Biden não quer apenas retomar a antiga NATO, pré-Trump. Ele quer uma nova NATO, mais focada nos problemas globais.
Jamie Shea
Ex-secretário-geral adjunto da NATO

Logo depois da foto de família, prevista para o início da tarde, vai começar a cimeira de chefes de Estado e de Governo dos 30 países membros da NATO, que incluem Portugal.

A reunião será depois resumida em conferência de imprensa pelo secretário-geral da NATO.

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