Cemitério de escravos descoberto nas Caraíbas

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Local, na ilha de Santo Eustáqui, remonta ao século XVIII

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Foi encontrado um cemitério de escravos, do século XVIII, na ilha de Santo Eustáquio, nas Caraíbas.

A antiga colónia holandesa foi um importante centro do comércio de escravos na região. O achado pode ajudar a esclarecer melhor a história, mas também, ajudar muitos dos descendentes desses escravos como Cherees Timber.

"Não sei muito sobre a história da minha família. Sei sobre os meus avós, de onde eram e onde cresceram, mas antes disso, não faço ideia".

Algumas respostas podem estar aqui enterradas.

Os arqueólogos encontraram, já, mais de meia centena de esqueletos. As primeiras análises mostram que são de pessoas de origem africana, provavelmente a primeira geração de escravos que foi trazida para a ilha. Com mais estudos, será possível saber mais sobre estas pessoas, sobre as suas crenças, a sua dieta, ou os seus costumes.

"Todos os dias encontramos coisas novas. Descobertas espetaculares que nunca pensámos serem possíveis. O mais especial é que muitas sepulturas têm ofertas funerárias. Objetos que foram colocados na sepultura com o morto. E isso, claro, é muito bom pois aproxima-nos mais do passado", refere o arqueólogo Ruud Stelten.

Os arqueólogos estão a escavar no terreno para onde estava prevista a expansão do aeroporto da ilha. Estima-se que os trabalhos se prolonguem durante mais umas semanas.

Este é um importante testemunho sobre a vida dos escravos nas Caraíbas que, até agora, era contada somente através dos documentos oficiais dos esclavagistas.

Estima-se que mais de quatro milhões de pessoas tenham sido levadas, como escravas, para as ilhas das Caraíbas, pelos comerciantes europeus, entre os séculos XVI e XIX.

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