China desmente uso de trabalho forçado

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De  Teresa Bizarro com Agências
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Pequim diz que investigação aberta a multinacionais do pronto-a-vestir é fruto de invenção de opositores

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"Mentiras do trabalho forçado" - É desta forma que China reage ao processo aberto pelo Ministério Público francês contra quatro empresas multinacionais de pronto-a-vestir. Uniqlo, Inditex - dona da Zara -, SMCP - proprietária das marcas Sandro e Maje-, e Skechers são investigadas por suspeita de esconderem e lucrarem com trabalho forçado da minoria uigur, no território autónomo de Xinjiang.

O porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros diz que "o chamado 'trabalho forçado' em Xinjiang é uma mentira inventada por um pequeno número de opositores da China". Wang Wenbin considera que o objetivo é perturbar a atividade em Xinjiang e limitar a China e repete um aviso que não é novo: o da oposição à interferência de qualquer força externa nos assuntos internos da China.

Os uigures turcos representam quase de metade da população de Xinjiang - um território que fazia parte da antiga rota da seda. O tratamento dado pela China às minorias, sobretudo a esta minoria muçulmana tem estado no centro do conflito diplomático entre Pequim e o Ocidente.

As Nações Unidas estimam que mais de um milhão de pessoas, principalmente uigures, foram detidas nos últimos anos num vasto sistema de campos em Xinjiang. A China desmente todas as acusações.

Revelada pelo site de investigação Mediapart, a investigação dos procuradores franceses segue-se a uma queixa apresentada no início de Abril por ativistas, incluindo o grupo anti-corrupção Sherpa e o Instituto Uigur da Europa.

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