Conselho de segurança da ONU preocupado com situação humanitária na região do norte da Etiópia, isolada após 8 meses de conflito
Oito meses de conflito na região de Tigray, na Etiópia, já afetaram quase dois milhões de pessoas . Há milhares de deslocados e um cenário de fome generalizada. As Nações Unidas pedem aos guerrilheiros das Forças de Defesa de Tigray que aceitem o cessar-fogo decretado pelas autoridades etíopes no início da semana.
Apelo feito no final da primeira reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito. Rosemary DiCarlo, Subsecretária-Geral para os Assuntos Políticos e de Construção da Paz, sublinha que a ajuda humanitária não tem como chegar à região, isolada por falta de energia e comunicações e lembra que "as infra-estruturas-chave foram destruídas e não há voos a entrar ou a sair da área".
A ONU considera ainda que os combates em Tigray potenciam outros conflitos, nomeadamente com as forças da região de Ahmara e da vizinha Eritreia.
Não há ainda resposta oficial dos rebeldes. O governo etíope declarou um cessar-fogo unilateral na segunda-feira, mas persistem relatos de confrontos esporádicos na região.