Militares patrulham cidades em Cuba

Tensão nas ruas de Havana
Tensão nas ruas de Havana Direitos de autor Ismael Francisco/Copyright 2021. The Associated Press. All rights reserved
De  Teresa Bizarro com Agências
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Governo cortou o acesso à internat e mandou a polícia e os militares para a rua para evitar manifestações. Comunidade internacional condena a repressão que já fez um morto

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"Não estamos dispostos a entregar o trabalho, a independência e a soberania conquistados com a Revolução" - O presidente cubano reage assim à onda de contestação pela situação económica que teima em mostrar-se na rua desde domingo. A declaração foi publicada no jornal oficial do regime, no dia em que um manifestante foi morto pela polícia num bairro do sul de Havana.

As manifestações são descritas pelo governo como "atos de destabilização". Polícia e militares foram espalhados pelas principais cidades do país para impedir novas manifestações.

Há notícia de vários detidos. Os familiares dizem não ter qualquer informação sobre o paradeiro das pessoas que fora presas. 

"Deram-lhe uma enorme pancada injustamente e levaram-no. Vim à esquadra, mas eles não atendiam ninguém. Diziam "só amanhã". E não se sabe onde está o meu irmão," conta uma cubana que não quer ser identificada.

De acordo com a Human Rights Watch, mais de 150 pessoas foram presas. Uma das detenções aconteceu em direto na televisão espanhola. Dina Stars, uma conhecida "youtuber" cubana, foi detida em casa enquanto est ava a ser entrevistada para o canal Cuatro.

O primeiro-ministro espanhol condenou a repressão em Cuba. Um tom usado pela maior parte da comunidade internacional.

O ministro português dos Negócios Estrangeiros português pediu esta quarta-feira que Havana respeite o direito à manifestação. Augusto Santos Silva apelou também ao fim das sanções norte-americanas ao país, para aliviar a crise económica e social.

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