Alemanha lida com destruição após chuvas torrenciais

Alemanha lida com destruição após chuvas torrenciais
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As inundações na Europa Ocidental deixaram para trás um rasto de destruição. Populações prosseguem com limpezas, à medda que é feito um balanço dos estragos.

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As inundações que há quatro dias varreram a Alemanha deram lugar a um cenário de caos na cidade de Bad Neuenahr-Ahrweiler, uma das localidades mais afetadas no país e onde já foram confirmados 110 mortos, mas muitas pessoas continuam desaparecidas.

Agora, é tempo de limpezas e, apesar de árdua, a entreajuda entre vizinhos torna a tarefa um pouco mais leve.

Aos 50 anos, Heinz Gies viu a casa destruída pelas cheias. No meio dos trabalhos, agradece "do fundo do coração" a todos os que acorreram ao local para prestar ajuda. 

"Há também muitos voluntários que vieram para ajudar e que nos fornecem água, café, comida. E o operador de escavadora que trouxe a escavadora da empresa e que tem ido e voltado, de forma voluntária, 13 horas por dia desde anteontem, para tirar o nosso lixo das ruas".

Europa Ocidental lida com os estragos

À medida que as populações regressam às zonas afetadas para dar início à limpeza e reconstrução, a Alemanha começa a fazer um balanço dos estragos. A chanceler Angela Merkel prometeu já ajuda rápida para a reconstrução.

As chuvas torrenciais deixaram para trás um rasto de destruição na Europa Ocidental. Só Alemanha e Bélgica contam pelo menos 190 mortos.

A energia já foi restabelecida em vários locais, mas, de acordo com as autoridades, o fornecimento de gás em algumas partes da Alemanha pode ainda levar semanas.

A devastação estendeu-se a centenas de localidades nos Países Baixos, Polónia, Chéquia, Luxemburgo e Suíça, onde, à medida que os níveis da água começaram a baixar, se vai tentando um regresso à normalidade, uma tarefa difícil, dificultada ainda mais pelo desaparecimento de muitas casas e empresas. 

Merkel visita região afetada pela intempérie

A chanceler alemã, Angela Merkel, deslocou-se este domingo a uma das localidades mais atingidas pelas cheias na região ocidental da Alemanha.

O recuo das águas na vila de Schuld no estado da Renânia-Palatinado deixou a descoberto a verdadeira extensão da tragédia.

"Estou aqui hoje na companhia do primeiro-ministro do estado para deixar claro que nós, no lado federal, queremos conhecer a extensão real do que descrevo como uma situação surreal. É assustador e eu diria que a língua alemã quase não tem palavras para descrever este tipo de devastação", afirmou a chanceler ao visitar a cena do desastre.

O ministro alemão das finanças, Olaf Scholz, já anunciou auxílio de emergência de centenas de milhões de euros.

A chanceler reforçou a necessidade de acelerar a luta contra as alterações climáticas.

"A chuva a que assistimos nestes dias, se acreditamos na ciência, que é o meu caso, é que está relacionada com as alterações climáticas. Existem ainda modelos de explicação interessantes que descrevem porque é que esta precipitação concentrada ocorre e isso siginifica que temos que aumentar os esforços", sublinhou Merkel.

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