Morreu o caricaturista que pôs o mundo muçulmano em polvorosa

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Morreu o caricaturista que pôs o mundo muçulmano em polvorosa com desenhos do profeta Maomé e provocou protestos violentos e atentados.

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Morreu, aos 86 anos, vítima de doença prolongada o ilustrador dinamarquês Kurt Westergaard.

O desenhador ficou conhecido por 12 caricaturas sob o título "O rosto de Maomé". Uma delas, que provocou protestos violentos e terá levado a vários atentados, mostrava Maomé com um turbante em forma de bomba. Um trabalho que pretendia marcar uma posição sobre a autocensura e as críticas do Islão.

Os desenhos foram publicados, em 2005, pelo jornal conservador dinamarquês “Jyllands-Posten”. Publicação para a qual trabalhava desde o início da década de 80 do século passado.

O governo dinamarquês chegou mesmo a receber queixas, de embaixadores de países de maioria muçulmana, contra as caricaturas. O país ficou "debaixo de fogo" com embaixadas a serem atacadas e dezenas de pessoas a morrerem em tumultos.

Westergaard, que chegou a ser ameaçado de morte, viveu os últimos anos em local desconhecido e com proteção policial. Isto depois de ter passado por uma fase em que não estava escondido mas habitava uma casa, altamente, protegida.

Os serviços secretos dinamarqueses anunciavam, em 2008, a prisão de três pessoas acusadas de planear o seu assassinato. Em 2010 um jovem somali era detido por tentativa de homicídio e terrorismo após ser apanhado armado com uma faca na casa de Westergaard. Foi condenado, em 2011, a nove anos de prisão.

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