A UE vai manter os apoios à Tunísia, apesar da situação política, mas apela ao retorno da estabilidade institucional no país
A situação na Tunísia preocupa a União Europeia UE), os Estado Unidos, as Nações Unidas e os países da região. O respeito da constituição é fortemente questionado depois de o presidente ter demitido o primeiro-ministro e suspendido os trabalhos do parlamento até 27 de agosto.
O mundo está de olhos postos naquele país do Magrebe. Em comunicado, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borell, apela, em nome dos 27, ao "restabelecimento da estabilidade institucional o mais rapidamente possível, e em particular ao reinício da atividade parlamentar, ao respeito dos direitos fundamentais e à prevenção de todas as formas de violência".
Apesar da situação, a União vai manter o apoio financeiro ao país. A porta-voz da comissão, Ana Pisonero, diz: "Entre as prioridades da parceria UE-Tunísia estão obviamente a promoção da boa governação e do Estado de direito e naturalmente também o investimento e o estímulo ao crescimento económico e à criação de emprego, em particular para os jovens".
Duramente atingida pela pandemia, a Tunísia recebeu apoio financeiro e recursos médicos de Bruxelas, no âmbito da estratégia política de vizinhança da União e há uma promessa de mais 1,6 mil milhões de euros.
Bruxelas quer ajudar a manter a história de sucesso da Primavera Árabe de há dez anos, mas há quem veja nos acontecimentos políticos do último fim de semana um corte com a democracia no país.
O respeito da constituição é fortemente questionado depois de o presidente ter demitido o primeiro-ministro e suspendido os trabalhos do parlamento até 27 de agosto.