Passado, presente e futuro dos vídeojogos em exposição na capital espanhola
Cerca de um terço da população mundial utiliza vídeojogos e a pandemia veio reforçar o sector.
A empresa espanhola de vídeojogos Tequila Works trabalha neste mercado há mais de 10 anos.
A equipa de cerca de 60 pessoas pode levar entre dois a três anos para terminar cada projeto.
"Agora, nos grandes jogos, podemos passar 80, 100 horas a jogar. Isso significa entrar num outro mundo, fazer o que queremos, toda a vida pode ser passada dentro de um jogo", afirma Michael Santorum, designer na empresa Tequila Works.
A exposição "Homo Ludens: vídeojogos para compreender o presente" abriu portas em Madrid e explora o passado, o presente e a evolução desta forma de entretenimento que alguns consideram como uma ameaça e outros vêm como um benefício.
A exposição mostra as relações entre os vídeojogos, a ciência e o desenvolvimento das competições de e-sports e dos simuladores cujas receitas se prevê venham a exceder as receitas da Liga dos Campeões ou da Super Taça.
O repórter da euronews Carlos Marlasca adianta:
"Vida real e vida virtual estão em convergência. Já existem jogos que reivindicam associações a movimentos como "Black Lives Matter" ou à defesa dos direitos da comunidade LGBTQI".
A indústria dos vídeojogos já gera mais receitas do que a indústria da música e do cinema combinadas, cerca de 135 mil milhões de euros a nível global.
No entanto, existe um lado negativo igualmente patente nesta exposição.
"Existe um lado obscuro, as estratégias comerciais, a manipulação. vemos igualmente a exploração assocada a estes empregos por todo o mundo", adianta a diretora de atividades da Caixaforum em Madrid.
A exposição pode ser vista em madrid até ao final de outubro, depois será levada para outras cidades e igualmente para o estrangeiro.