Governo do México avança com ação judicial contra fabricantes de armas norte-americanos afirmando que práticas de comércio negligentes e ilegais originaram milhares de assassinatos
O Governo do México está a processar 11 fabricantes e distribuidores de armas norte-americanos.
A ação judicial foi apresentada no tribunal federal dos Estados Unidos da América, na cidade de Boston.
Entre os que estão a ser processados estão alguns dos maiores nomes em armas, incluindo: Smith & Wesson Brands, Inc.; Barrett Firearms Manufacturing, Inc.; Beretta U.S.A. Corp.; Colt's Manufacturing Company LLC, e Glock Inc. Outro arguido é Interstate Arms, um retalhista da área de Boston que vende armas de todos os fabricantes, exceto um, a revendedores em todo o território dos EUA.
O Executivo de Andrés Manuel López Obrador argumenta que as práticas de comércio ilegais e negligentes têm provocado um banho de sangue, estando na origem de, pelo menos, 17 mil assassinatos no país.
"Conseguiremos reduzir drasticamente o tráfico ilícito de armas para o México, pois aqueles que produzem, promovem e encorajam este tráfico dos Estados Unidos não podem ficar impunes. Para que as empresas cessem as suas práticas negligentes que causam danos ao México e causam mortes no México", afirma o ministro mexicano dos Negócios Estrangeiros, Marcelo Ebrard.
A violência aumentou nos últimos meses, no México.
São vários os grupos de autodefesa que vão surgindo por todo o território como, por exemplo, o Pueblos Unidos, na região do município de Rosales (Chihuahua) que defende os produtores de abacate que se insurgiram contra os traficantes de droga.