Iraniano julgado em Estocolmo por crimes de guerra

Iraniano julgado em Estocolmo por crimes de guerra
Direitos de autor Stefan Jerrevang/AP
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De  Euronews com AP
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Hamid Noury é acusado pelos procuradores suecos de crimes de guerra e homicídio no Irão, na década de 1980.

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Começou esta terça-feira, em Estocolmo, o julgamento de Hamid Noury, um cidadão iraniano acusado de cometer crimes de guerra e homicídio durante a fase final da guerra entre o Irão e o Iraque, na década de 1980.

O julgamento de Noury ocorre poucos dias após o ultraconservador iraniano Ebrahim Raisi ter assumido a presidência da República Islâmica, quando também ele é acusado de integrar uma "comissão de morte, responsável pela morte de pelo menos cinco mil pessoas.

Questionado em 2018 e 2020, Raisi negou o envolvimento nestas execuções, tendo, no entanto, saudado a ordem dada pelo líder supremo Ayatollah Khomeini para levar a cabo a purga de prisioneiros simpatizantes com a oposição.

Em Estocolmo, Shahin Gobadi, membro do Conselho Nacional de Resistência do Irão, a ala política do movimento Mujahedin do Povo (MEK), considera que este é o primeiro passo para que o "o mundo acabe por compreender a extensão da atrocidade no Irão" e "que os líderes do regime iraniano, incluindo Khomenei e Raisi, sejam levados à justiça".

Noury foi detido em 2019, na chegada à capital sueca e tem estado sob custódia desde então.

Os procuradores suecos alegam que Noury participou em graves atrocidades enquanto trabalhava numa prisão iraniana, em julho e agosto de 1988. 

Com dezenas de testemunhas ainda por ouvir, prevê-se que o julgamento prossiga até abril de 2022.

À porta do tribunal, dezenas de pessoas apelaram a que também o novo presidente do Irão respondesse perante a justiça internacional.

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