Pedido de extradição de Julian Assange tinha sido negado pelo Reino Unido em janeiro mas os EUA recorreram da decisão
O processo de Julian Assange não tem fim à vista e conheceu mais um capítulo esta quarta-feira, em Londres, com o início das audiências para apreciar o recurso dos Estados Unidos ao pedido de extradição negado pela justiça britânica, em janeiro. O acordo de extradição entre os dois países permite que um pedido seja bloqueado em caso de "injustiça ou opressão, em função das condições físicas e mentais do prisioneiro".
Ainda assim, Assange continua atrás de grades devido ao recurso apresentado pelos norte-americanos. Stella Morris, parceira do denunciante, não esconde a revolta:
"A cada dia que permitem que esta injustiça colossal continue, a situação de Julian Assange torna-se cada vez mais desesperada. Venceu o caso contra o governo dos EUA há sete meses e no entanto continua preso..."
Os Estados Unidos argumentam que está em causa um caso de espionagem e roubo de documentos diplomáticos, mas para os apoiantes de Assange, que uma vez mais se juntaram junto ao tribunal, este caso não é mais que um teste à liberdade de imprensa.