Contrarrelógio para sair do Afeganistão, Reino Unido diz que "é preciso aproveitar todos os minutos"

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De  Bruno Sousa
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Reino Unido e EUA admitem prolongar presença no Afeganistão mas os talibãs desaconselham-no

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Depois de duas décadas no Afeganistão as forças internacionais, lideradas pelos Estados Unidos, foram obrigadas a sair à pressa com o regresso dos talibãs ao poder. Milhares de pessoas aguardam a sua vez para deixar o país até 31 de agosto e apesar da cooperação de vários países, o sucesso da missão de evacuação depende dos norte-americanos, que controlam o aeroporto internacional de Cabul.

Ben Wallace, ministro da Defesa do Reino Unido, admite que como "os EUA têm mais de seis mil pessoas no aeroporto de Cabul e quando saírem, levarão com eles a estrutura que nos permitiu retirar pessoas do país, é pouco provável que possamos ficar depois da saída dos Estados Unidos".

Acrescenta, no entanto, que "se eles ficarem mais um dia ou dois, então teremos mais um dia ou dois para retirar pessoas do país. Já não é uma questão de semanas mas sim de horas e precisamos de aproveitar todos os minutos."

A necessidade de encontrar soluções levou o Reino Unido a convocar uma reunião de emergência do G7 para esta terça-feira. A imprensa britânica dá conta da intenção de Boris Johnson de pedir a Joe Biden para prolongar a presença no Afeganistão, mesmo que os talibãs já o tenham desaconselhado.

Apesar da retirada de cidadãos estar na ordem do dia, a reunião do G7 servirá acima de tudo para procurar soluções de médio e longo prazo, nomeadamente nas possíveis sanções a aplicar caso o regime talibã promova a violação dos direitos humanos no país ou permita que o seu território sirva de refúgio para extremistas.

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