O prazo para a retirada tem de ser respeitado, ou haverá consequências: Foi a mensagem deixada por um porta-voz do movimento ao presidente norte-americano.
Para os talibãs, a data de 31 de agosto, avançada por Joe Biden como o limite para a retirada das tropas internacionais do Afeganistão, é uma linha vermelha. Foi assim que o porta-voz do movimento radical islâmico reagiu à intervenção do presidente dos Estados Unidos, que defendeu a decisão de abandonar militarmente o país onde as tropas norte-americanas estão presentes desde os dias seguintes aos atentados de 11 de setembro de 2001.
"O presidente Biden anunciou este acordo para que a retirada estivesse concluída a 31 de agosto. Se essa data for alargada, isso significa que estão a alargar a ocupação e não há necessidade. Isso iria criar um clima de desconfiança entre nós. Se quiserem continuar a ocupação, isso vai provocar uma reação da nossa parte".
Nesta entrevista, dada no Qatar, o porta-voz dos talibãs desmentiu que as cenas que correm mundo, de pessoas a amontoar-se no aeroporto de Cabul para poderem sair do país, em vários casos a pagarem isso com a vida, se devam a uma fuga do novo regime. Para ele, trata-se apenas de migração económica.