Governo húngaro aloja afegãos em contentores

Governo húngaro aloja afegãos em contentores
Direitos de autor Darko Vojinovic/Copyright 2017 The Associated Press. All rights reserved.
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O Governo húngaro retirou mais de 500 pessoas do Afeganistão. Destas, 336 pessoas estão alojadas nas ex-zonas de trânsito na fronteira com a Sérvia. São afegãos que ajudaram as missões da Hungria nos últimos 20 anos e os seus familiares, entre eles 126 crianças.

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O Governo húngaro retirou mais de 500 pessoas do Afeganistão. Destas, 336 pessoas estão alojadas nas ex-zonas de trânsito na fronteira com a Sérvia. São afegãos que ajudaram as missões da Hungria nos últimos 20 anos e os seus familiares, entre eles 126 crianças.

"Familiares dos afegãos que ajudaram as missões húngaras ao longo dos anos também vieram para a Hungria: crianças, idosos, mulheres, com pessoas gravemente traumatizadas. As autoridades húngaras colocaram-nos nestes contentores atrás de mim, que estão cercados por arame farpado, e as instalações são fortemente vigiadas", relata a correspondente da Euronews na Hungria, Nora Shenouda. 

Os refugiados vão ficar em quarentena durante dez dias nessas instalações. O ministério do Interior húngaro disse à Euronews que ainda não foi concedido asilo a estes cidadãos, mas que iniciaram os procedimentos de imigração, que podem demorar até 21 dias.

“O Ministro do Interior tem autoridade para reconhecer estas pessoas como refugiados sem qualquer processo de imigração. Ele tem essa possibilidade, mas de acordo com as notícias, não o fará. Então a Direção Geral Nacional de Imigração tratará dos processos de asilo. O Ministério do Interior fala de um processo de imigração, o que é enganoso, porque só são sujeitos a processos de imigração quem se encontra ilegalmente no país", realça Zsolt Szekeres, advogado do Comité de Helsínquia Húngaro. 

Os refugiados afegãos têm recebido alimentos e roupas e foram examinados por um médico.

No passado, a Organização das Nações Unidas comparou os contentores das zonas de trânsito a "uma prisão". Estas zonas de trânsito foram encerradas por decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia.

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