Crise no Afeganistão significa mais terrorismo na Europa?

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De  Alberto De Filippiseuronews
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O analista geopolítico italiano Andrea Cucco procura responder a várias questões em torno das consequências para a Europa derivadas da crise no Afeganistão

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A crise no Afeganistão deu origem a uma enorme vaga de refugiados em direção a inúmeros países e a Itália não é exceção. 

Será que aumentou o risco de terrorismo na Europa? Será que o regime Talibã vai dar abrigo a grupos terroristas islâmicos?

O analista geopolítico italiano Andrea Cucco discorda e aponta pistas para reflexão:

“Os talibã não podem ser tão estúpidos até ao ponto de abrigarem e exportarem, oficialmente ou não, o terrorismo internacional. Talibã, al Qaeda e Isis são realidades muito diferentes e são frequentemente apoiadas por países diferentes e por vezes mesmo países insuspeitos", defende Andrea Cucco, diretor do 'site' de defesa, difesaonline.it.

O Afeganistão é um país muito rico em recursos materiais e já conta com o interesse da China que substituiu os Estados Unidos enquanto potência na região. O que é que isto significa?

“De facto, a China já é hoje uma referência para os talibã. Há algumas semanas houve um encontro oficial dos líderes talibã em Pequim. Isto faz da China a potência dominante na região. Resta saber se os chineses vão cometer os mesmos erros do que os britânicos, russos, e norte-americanos. Ou seja, se Pequim vai enviar soldados para o Afeganistão e sofrer as consequências tal como aconteceu com os outros", responde Andrea Cucco.

O repórter da euronews em Roma, Alberto de Filippis acrescenta:

"Os talibãs mostram cinismo ao nível da política externa mantendo a mesma linha ideológica no país. 
A música já foi proibida e foi imposta a lei islâmica. Por tudo isto, em última análise, são os afegãos os grandes sacrificados no altar dos interesses internacionais".

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