Brasil - Argentina suspenso de forma insólita em São Paulo

Emiliano Martinez, Lo Celso e o benfiquista Otamendi abandonam o relvado
Emiliano Martinez, Lo Celso e o benfiquista Otamendi abandonam o relvado Direitos de autor AP Photo/Andre Penner
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De  Francisco MarquesBruno Sousa
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Agentes da Polícia Federal e da autoridade de Saúde Anvisa invadem relvado para deter e deportar quatro colegas de Lionel Messi devido à Covid-19

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O Brasil – Argentina, de qualificação para o Mundial 2022, foi suspenso de forma insólita este domingo, em São Paulo. As regras anticovid em vigor no Brasil estão na base do ocorrido.

Agentes da Polícia Federal e da autoridade de saúde do Brasil, a Anvisa, invadiram a partida aos sete minutos de jogo para deter e deportar quatro jogadores da Argentina, por terem mentido para evitar a quarentena obrigatória.

Os jogadores em causa eram o guarda-redes Emiliano Martinez e Giovani Lo Celso, ambos titulares nesta partida, e ainda Cristian Romero e Emiliano Buendia.

Horas antes do jogo, a Anvisa havia informado para o incumprimento dos argentinos, que alinham em clubes ingleses, de terem prestado informações falsas sobre onde tinham estado nos 14 dias anteriores e de não terem cumprido a quarentena obrigatória para quem viaja para o Brasil oriundo de Inglaterra.

A medida faz parte das regras do governo liderado por Jair Bolsonaro para evitar a propagação de novas variantes do SARS-CoV-2 no Brasil.

Perante a ameaça da Argentina não ir a jogo, a Confederação sul-americana (Conmebol) interveio e teria garantido junto da confederação brasileira (CBF) a autorização para os quatro jogadores poderem alinhar.

Já com o jogo em andamento, agentes da Polícia Federal e da Anvisa invadiram o campo. Alguns jogadores argentinos resistiram à intervenção e instalou-se a confusão, com Lionel Messi e Neymar, agora companheiros de equipa no Paris Saint-Germain, a tentarem amenizar e esclarecer o problema. Sem sucesso.

A Confederação Brasileira de Futebol emitiu um comunicado onde, à semelhança dos argentinos, criticou o momento escolhido para a intervenção uma vez que "a Anvisa poderia ter exercido sua atividade de forma muito mais adequada nos vários momentos e dias anteriores ao jogo".

A equipa da Argentina abandonou o terreno e o árbitro decidiu dar o jogo como suspenso, tendo remetido um relatório para apreciação da FIFA, a entidade que organiza o mundial e os jogos de qualificação, e que superintende o futebol internacional.

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