Ex-presidente da Geórgia detido após regresso do exílio

Ex-presidente da Geórgia detido após regresso do exílio
Direitos de autor Georgian Interior Ministry Press Service via AP
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De  Euronews
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Mikheil Saakashvili vivia exilado na Ucrânia há oito anos, período durante o qual foi condenado na Geórgia por corrupçâo e abuso de poder.

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O ex-presidente da Geórgia foi detido esta sexta-feira, pouco depois de ter regressado ao país após um exílio de oito anos. Mikheil Saakashvili deixou a Geórgia em 2013, depois do segundo mandato. Durante a ausência foi condenado a penas de três e seis anos, por corrupção e abuso de poder, respetivamente.

Depois de numa primeira instância, as autoridades georgianas terem afirmado desconhecer a entrada de Saakashvili no país, acabaram por prender o político, no final do dia, levando o primeiro-ministro Irakli Garibashvili a sair em sua defesa, numa declaração pública. 

"Os nossos agentes da autoridade levaram a cabo a detenção de Mikheil Saakashvili ao mais alto nível. As nossas forças policiais tinham informações prévias sobre a viagem, da Ucrânia em direção à Geórgia, e este processo estava totalmente sob controlo", declarou Garibashvili.

De acordo com os meios de comunicação locais, o ex-presidente encontra-se detido nos arredores da capital georgiana, onde se começam a reunir os seus seguidores.

"Arrisquei a minha vida para regressar"

Através de uma mensagem gravada antes da detenção e publicada no Facebook, - a mesma rede social onde anunciou o regresso a casa - Saakashvili apelou à coragem e mobilização da população, pedindo para que "não tenham medo" e compareçam nas urnas, este domingo, 03 de outubro, para votar no Movimento Nacional Unido, nas eleições municipais.

Apesar do exílio, o antigo chefe de Estado é ainda tido por muitos como a principal figura da oposição.

Fundador do Movimento Nacional Unido e defensor de uma aproximação ao Ocidente, apelou ainda aos apoiantes para saírem à rua em protesto no dia seguinte às eleições, contra o partido no poder, o Sonho Georgiano, e os oligarcas cujo "poder informal sufoca o que resta da democracia na Europa de Leste".

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