Talibãs de volta ao local do crime cultural de 2001

Guerrilheiros talibãs de volta a Bamiã
Guerrilheiros talibãs de volta a Bamiã Direitos de autor BULENT KILIC / AFP
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De  Francisco Marques
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Guerrilheiros armados do movimento islâmico filmados em Bamiã, a cidade onde há 20 anos o grupo destruiu duas estátuas gigantes de budas

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Os talibãs, de novo no poder no Afeganistão, estão de regresso ao local do crime cultural cometido em 2001, ano em que passaram meses a destruir duas estátuas património da Unesco.

Imagens datadas deste sábado pela France Press mostram guerrilheiros talibãs em Bamiã, cidade situada 240 quilómetros a noroeste de Cabul, onde resistiu à passagem do tempo uma das maiores heranças culturais do ancestral reino da Báctria, a arte budista.

Resistiu à passagem dos tempos, mas não ao regime talibã. Há 20 anos, o movimento islâmico extremista, que rejeita quaisquer representações de ídolos, passou meses a desfigurar e destruir duas estátuas de budas incrustadas na montanha há mais de 1500 anos, apesar dos protestos internacionais na altura.

Em março deste ano, um espetáculo de luzes a três dimensões devolveu, numa ilusão, a imagem das faces aos budas de Bamiã.

A reconstrução das estátuas budistas estava prevista, mas o projeto deve ter sido entretanto escondido no fundo de uma gaveta devido à tomada do poder pelos talibãs, em meados de agosto.

Com o movimento de novo a ditar as regras no país e com os guerrilheiros armados de volta a Bamiã, volta a haver receio pelo que resta da herança cultural milenar do Afeganistão e descrença na recuperação do que já foi destruído.

Outras fontes • France Press

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