Líderes mundiais reagem aos "Pandora Papers"

Sebastián Piñera
Sebastián Piñera Direitos de autor Esteban Felix/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Ricardo Figueira
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Do Rei Abdullah II da Jordânia ao presidente chileno Sebastián Piñera, os líderes visados descredibilizam as acusações.

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Depois da revelação dos chamados "Pandora Papers", que mostram provas de como vários líderes mundiais usaram offshores para esconder ativos no valor de centenas de milhões de euros, chegam as reações dos visados. Todos repetem, sensivelmente, a mesma versão: Não fizeram nada fora da legalidade e trata-se de um ataque gratuito.

É a linha de defesa seguida, por exemplo, pelo rei Abdullah II da Jordânia, acusado de comprar casas de luxo no estrangeiro enquanto o país recebia ajuda externa. Segundo as revelações, o rei terá gasto cerca de cem milhões de euros em propriedades. Isto numa altura em que o meio-irmão de Abdullah o acusa de corrupção.

Artigo do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação que revelou os "Pandora Papers"

"Infelizmente, há uma campanha contra a Jordânia e há quem queira sabotar a relação entre nós e criar suspeitas. Não há nada a esconder", diz o monarca.

Também o presidente do Chile, Sebastián Piñera, nega que haja conflito de interesses no caso da venda de uma empresa mineira, em 2010, a um amigo próximo: "Nem eu nem a minha família temos sociedades de investimento constituídas no estrangeiro", disse.

O presidente russo Vladimir Putin não é diretamente referido no relatório, mas há colaboradores próximos ligados a ativos secretos no Mónaco, segundo os documentos . O porta-voz do Kremlin diz que as acusações são infundadas.

Diz Dmitri Peskov: "Não sei como alguém pode confiar nestas informações. Não se percebe em que são baseadas e não há aqui motivo para fazer investigações, a menos que haja uma publicação séria.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu um melhor combate à evasão fiscal: "Temos, na União Europeia, padrões de transparência fiscal que estão entre os melhores do mundo. Mas percebemos que não chega. É preciso mais trabalho", disse.

Temos, na União Europeia, padrões de transparência fiscal entre os melhores do mundo. Mas é preciso mais trabalho.
Ursula von der Leyen
Presidente da Comissão Europeia

Ao mesmo tempo, os ministros das Finanças da União Europeia preparam-se para reduzir a lista negra dos paraísos fiscais, com a remoção das Seychelles, Dominica e Anguilla da lista criada em 2017.

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