SailGP cria Liga do Impacto para premiar equipa que mais fizer em prol do meio ambiente durante o circuito mundial de vela
A vela é uma modalidade intimamente ligada à natureza, ou não estivesse dependente da água e do vento, mas já lá vai o tempo em que era amiga do ambiente. Hoje em dia os veleiros de alta competição são verdadeiros Fórmula 1 dos mares compostos de plástico, fibras sintéticas e componentes eletrónicos mas a SailGP quer inverter o rumo e reduzir a pegada de carbono.
Fiona Morgan é diretora da SailGP e uma das principais defensoras da Liga do Impacto, criada para "promover a mudança de comportamentos" uma vez que "ao criar uma competição, essa mudança será mais rápida. Precisamos de ser ousados e agir agora, pequenos gestos não são suficientes. Odeio ser pessimista mas a crise do clima é real e todos precisam de acordar. O desporto também."
Quer isto dizer que além da classificação geral do circuito mundial de vela, há agora também uma classificação paralela destinada a premiar a equipa mais amiga do ambiente. Na Liga do Impacto, cada equipa será avaliada tendo em conta dez critérios de sustentabilidade, desde o uso de plástico ao desenvolvimento de tecnologia verde.
Os vencedores serão conhecidos após a última regata da temporada, prevista para março na cidade norte-americana de São Francisco, mas se a iniciativa tiver sucesso e contagiar o mundo do desporto, os vencedores seremos todos nós.
A etapa de Cádis foi ganha pela Austrália, que se isolou assim no comando da geral, mas para os participantes, a série mundial de vela tornou-se mais do que ganhar a próxima regata. Agora também competem pela mudança e por um futuro melhor. Resta saber quem vai seguir este exemplo...