Crise energética agrava-se nos combustíveis

Subida do preço dos combustível está a revoltar os portugueses
Subida do preço dos combustível está a revoltar os portugueses Direitos de autor AP Photo/Luis Vieira/Arquivo
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Preços da gasolina e do gasóleo continuam a subir. Em Portugal e na Alemanha já atingem valores recorde. Associação portuguesa aponta uma solução

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A Europa enfrenta uma crise energética. Os preços dos combustíveis e da eletricidade estão a subir rapidamente, o que levou a União Europeia a alertar para a chamada pobreza energética.

De acordo com o comissário europeu do Trabalho, Nicolas Schmit, este inverno vamos assistir ao aumento do número de europeus que não vão conseguir aquecer as suas casas devido aos elevados preços.

Nas estradas, o aumento dos preços já se faz sentir e está a gerar revolta. Exemplo disso é o que acontece na Alemanha e em Portugal, onde os preços da gasolina e do gasóleo dispararam e atingem valores nunca antes vistos.

Esta segunda-feira, os portugueses assistiram a um novo agravamento do preço dos combustíveis. Foi o 35.° aumento só neste ano.

O governo liderado por António Costa aponta o dedo às empresas petrolíferas e aos revendedores.

O ministro do ambiente, João Pedro Matos Fernandes, diz que a carga fiscal, que representa 60% do preço final dos combustíveis, não é alterada há anos.

Culpas aparte, os portugueses estão descontentes e os empresários afirmam que cabe ao governo implementar medidas para baixar os preços dos combustíveis.

Florêncio Almeida, da ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros) defende que, "se o governo baixasse pelo menos 10 cêntimos em cada litro nos combustíveis, não fazia nenhum favor aos portugueses".

À pergunta se considera isso possível, o sindicalista responde "sim" . "Porque o governo, pelo menos de acordo com o que diz o orçamento geral do Estado, está a arrecadar mais 90 milhões de euros do que tem arrecadado com os impostos dos combustíveis e não pode ser só o povo a ser sobrecarregado. Acho que isto é uma injustiça", concretizou, em declarações à RTP.

Face à crise energética que se estima que se prolongue até ao primeiro trimestre de 2022, os ambientalistas defendem que esta é a altura de os estados apostarem nas energias renováveis.

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