O governo de Riga diz que “o sistema de saúde está em perigo " e que “a única saída para esta crise é ser vacinado"
A Letónia decretou hoje um novo confinamento geral, encerrando lojas não essenciais, cinemas, teatros e cabeleireiros, na tentativa de reduzir o pior índice de infeções no mundo, com 1.406 contaminações por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias.
Os vizinhos bálticos, Lituânia e Estónia, seguem-se neste ‘ranking’, com 1.221 e 1.126 casos, respetivamente, revelando um agravamento da crise pandémica no leste da Europa.
O confinamento vai durar até 15 de novembro e incluirá recolher obrigatório entre as 20h e as 05h, obrigando os restaurantes a regime exclusivo de entregas e com as empresas a ficar em teletrabalho. As escolas também mudarão para o ensino à distância, com exceção das crianças no jardim-de-infância e nos primeiros três anos do ensino fundamental.
Um dos dois maiores hospitais de Riga começou a instalar camas improvisadas para doentes covid no átrio do edifício. O governo diz que “o sistema de saúde está em perigo”. “A única saída para esta crise é ser vacinado", disse o primeiro-ministro Krisjanis Karins após uma reunião de emergência do governo, culpando as baixas taxas de vacinação pelo pico de hospitalizações.
Apenas 54% dos adultos letões foram totalmente vacinados, um número que fica abaixo da média da UE de 74%.
Não foram anunciadas restrições de viagem "uma vez que as taxas de infeção noutros locais são muito mais baixas e não há riscos imediatos", segundo o governo.