Presidente turco desiste de expulsar embaixadores de dez países

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Recep Tayyip Erdoğan diz que diplomatas, que pediram libertação de opositor turco Osman Kavala, “deram um passo atrás”, e “serão mais prudentes no futuro”

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Afinal, os embaixadores que pediram a libertação do opositor do regime turco Osman Kavala, deixaram de ser "persona non grata" e já não serão expulsos da Turquia. Palavra do presidente Recep Tayyip Erdoğan.

O chefe de Estado tinha anunciado a expulsão dos embaixadores da Alemanha, Canadá, Dinamarca, EUA, Finlândia, França, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos e Suécia, depois de estes terem assinado uma carta na qual pediam a libertação do empresário e mecenas turco. Kavala está preso há quatro anos sem ter sido julgado. É considerado pelas autoridades do país como um agente do milionário norte-americano George Soros na Turquia.

Esta segunda-feira, Recep Tayyip Erdoğan fez marcha-atrás. Disse que os embaixadores recuaram, através de um comunicado, que entende como um pedido de desculpa.

"Com as declarações de hoje, os embaixadores recuaram nos ataques ao nosso sistema judicial e ao país. Espero que estes embaixadores, que sublinharam que mantêm o cumprimento do artigo 41 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, sejam mais cuidadosos nas observações que fazem sobre a soberania turca", alertou Erdoğan.

O antigo embaixador da União Europeia na Turquia, Marc Pierini, disse, em entrevista à Euronews, que com este caso Erdoğan está a tentar desviar as atenções dos problemas domésticos: “Se olharmos com cuidado, a lira está a cair de forma consistente por causa das políticas impostas pelo presidente turco. As sondagens sobre o presidente, o seu partido e a coligação com os nacionalistas são muito más. Por isso, existe uma grande tensão interna, e há uma receita antiga que diz que quando se estraga por dentro, se ataca por fora. Foi o que aconteceu no sábado."

Esta segunda-feira, a lira turca caiu para mínimos recorde, o que pode explicar uma tentativa de Erdoğan colocar água na fervura.

Em plena contagem decrescente para a cimeira do G20, esta pode não ser a última vez que se ouve falar da situação no país.

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