Começou cimeira contra a "bomba-relógio" do clima

Começou cimeira contra a "bomba-relógio" do clima
Direitos de autor Christopher Furlong/ AP PHOTO
De  Ricardo Figueira
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Líderes mundiais alertam que não há tempo a perder no compromisso com os objetivos do Acordo de Paris.

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Com as notáveis ausências de Putin, Xi Jinping e Bolsonaro (ou seja, Rússia, China e Brasil, três dos países mais responsáveis pelas emissões de CO2), mais de 130 líderes políticos de todo o mundo estão reunidos em Glasgow, na Escócia para aquela a que muitos chamam a "cimeira da última oportunidade": A COP26, cimeira das Nações Unidas sobre o clima, espera encontrar soluções práticas e compromissos para se chegar às metas do acordo de Paris.

O anfitrião, Boris Johnson, lembrou o mais famoso dos compatriotas da ficção, James Bond, e a necessidade de desarmar uma bomba-relógio que, essa sim, é real: "Durante 200 anos, os países industrializados estiveram na completa ignorância do problema que estavam a criar. Agora têm o dever de encontrar os fundos necessários: 100 mil milhões de dólares por ano prometidos na cimeira de Paris até 2020, mas que não vão estar disponíveis até 2023".

Durante 200 anos, os países industrializados estiveram na ignorância. Agora já não é assim.
Boris Johnson
Primeiro-ministro do Reino Unido

O secretário-geral da ONU, António Guterres, falou do que diz ser uma sentença de morte para a humanidade, que é preciso evitar a todo o custo.

"Mesmo na melhor das hipóteses, a subida das temperaturas será de mais de dois graus. Nesta conferência sobre o clima há muito esperada, continuamos a dirigir-nos para um desastre climático. Os jovens sabem disso. Todos os países sabem. Pequenos estados insulares e outros países vulneráveis já estão a viver as consequências. Para eles, falhar não é uma opção. Falhar é uma sentença de morte".

Para os países que já sofrem as consequências das mudanças climáticas, falhar não é uma opção, é uma sentença de morte.
António Guterres
Secretário-Geral da ONU

Na abertura desta COP26 falou também o Príncipe Carlos, que lembrou a necessidade do setor privado participar, ao lado dos governos, nos esforços para cumprir as metas de Paris e travar o aquecimento global. A principal meta é limitar a um 1,5 graus Celsius, até ao fim deste século, o aquecimento global em relação aos níveis pré-industriais, assim como chegar, em breve, à neutralidade no que toca às emissões de carbono.

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