Frances Haugen, ex-funcionára da Facebook (agora, Meta), esteve na feira de tecnologia, em Lisboa, para partilhar problemas de segurança das redes sociais.
A Web Summit arrancou esta segunda-feira, em Lisboa, e contou com Frances Haugen como cabeça de cartaz. A mais recente denunciante do Facebook esteve na feira de tecnologia onde voltou a afirmar haver pouco interesse por parte da empresa de Mark Zuckerberg em pôr fim ao discurso de ódio e propagação de informações falsas.
De acordo com a engenheira de dados, a Facebook, recentemente renomeada Meta, está a "tentar reduzir" as redes sociais "a uma falsa escolha" entre "censura e liberdade de expressão".
No entanto, afirm ou que "existem soluções não baseadas no conteúdo", como, por exemplo, "fazer a plataforma mais pequena e mais lenta".
Haugen revelou ainda que a gigante tecnológica tem conhecimento dos efeitos nocivos dos próprios serviços sobre os utilizadores e que "tem existido um padrão de comportamento" na empresa "em que têm consistentemente dado prioridade aos seus próprios lucros em detrimento da segurança geral".
Apesar de ainda acreditar na possibilidade de redenção, a denunciante defende que o conselho de administração da agora Meta devia mudar o presidente executivo da empresa, Mark Zuckerberg, para "alguém com vontade de se focar na segurança", uma vez que "é pouco provável que a companhia mude, quando ele permanece" na dua função.