Charles Michel admite financiar muro na fronteira com a Bielorrússia

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Direitos de autor Leonid Shcheglov/BelTA
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De  Bruno Sousa
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Financiamento de barreira física tinha sido inicialmente rejeitado por Ursula von der Leyen mas foi agora admitido em pleno aniversário da queda do Muro do Berlim

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"Peões" usados por Alexander Lukashenko de forma "cínica e chocante". Foi desta forma que Charles Michel descreveu os migrantes que tentam entrar em território europeu através da Bielorrússia.

Enquanto celebrava o aniversário da queda do Muro de Berlim, o Presidente do Conselho Europeu admitiu que Bruxelas poderia financiar um novo muro a leste para separar União Europeia e Bielorrússia:

"Estamos perante um ataque híbrido brutal às fronteiras da União Europeia. Abrimos o debate acerca do financiamento de uma estrutura física na fronteira e a questão deve ser resolvida rapidamente, porque as fronteiras polacas e lituanas são fronteiras europeias."
Charles Michel
Presidente do Conselho Europeu

Polónia e Lituânia já começaram a construção de uma barreira física por iniciativa própria, depois do pedido inicial para ajuda europeia ter sido recusado categoricamente por Ursula von der Leyen. A nova declaração de Charles Michel sugere que os ventos estão a mudar em Bruxelas.

Varsóvia e Minskreforçaram a presença militar na fronteira, ainda assim, vários migrantes tentaram atravessar de forma ilegal na madrugada de quarta-feira. De acordo como o Ministério da Defesa polaco, foramdetidas todas as pessoas que conseguiram atravessar a fronteira.

A chegada do inverno promete agravar a situação para os milhares de retidos no local, que já enfrentam temperaturas negativas.

A União Europeia acusa o regime de Lukashenko de promover a chegada de migrantes do médio oriente e facilitar a sua chegada à União Europeia como retaliação às sanções económicas impostas por Bruxelas.

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