Ativistas no local estão a ajudar migrantes a pedir asilo ao governo polaco
Foram reforçadas as autoridades na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia, na zona polaca de Kuznica. Nos últimos dias, milhares de migrantes ilegais tentam chegar a território polaco para pedir asilo.
Varsóvia e Bruxelas acusam o regime de Aleksandr Lukashenko de organizar uma espécie e tráfico ilegal de pessoas para pressionar o bloco europeu, depois das sanções que foram impostas à Bielorrússia.
Vários organizações ativistas estão no local e tentam ajudar quem quer mudar de vida. Kalina Czwarnog, ativista, diz que sente estar a jogar "um jogo de Aleksandr Lukashenko", o presidente bielorrusso.
Kalina diz que a melhor forma de acabar com aquela que diz ser a estratégia do outro lado é ajudar as pessoas a passar para a Polónia "através do procedimento de asilo". Algo que Kalina diz que Aleksandr Lukashenko não pensaria que acontecesse.
Numa conferência de imprensa, a Fundação de Helsínquia para os Direitos Humanos afirmou que vai notificar o Tribunal Penal Internacional de Haia por supostos crimes contra a humanidade cometidos pelo governo da Bielorrússia.
Os ativistas pedem também à União Europeia para enfrentar esta crise, que de acordo com Magdalena Biejat, deputada do partido da oposição da Polónia já afeta os polacos. A deputada conta que a comunidade local está a ajudar os migrantes e acusa o governo de nada fazer.
Muitos conseguem passar, outros, nem por isso e aguardam do lado de lá dos muros em arame erguidos há pouco tempo, debaixo de temperaturas negativas.
Na passada sexta-feira, foi encontrado um corpo de um sírio. No total já morreram oito migrantes. Estima-se que 30 mil tenham tentado invadir a fronteira.