Danny Fenster deixa prisão e pode voltar a sorrir

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De  Francisco Marques
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Editor do portal "Frontier Myanmar" tinha sido detido em maio pela junta militar e condenado a 11 anos de prisão, inclusive por associação criminosa

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O jornalista norte-americano Danny Fenster foi libertado em Myanmar após ter sido detido em maio e condenado a 11 anos de prisão.

O editor do portal anglófono  "Frontier Myanmar" foi acusado de ter violado a lei da imigração, de associação criminosa e por instigar dissidentes contra a junta militar, que em fevereiro tomou o poder na antiga Birmânia.

Na semana passada, o jornalista foi ainda alvo de mais duas acusações, sedição e terrorismo, em que arriscava ser condenado a prisão perpétua, mas entretanto deu-se o volte-face e tudo indica ter sido resultado de uma negociação diplomática entre governos.

A liderar o grupo de negociadores terá estado o governador do Novo México Bill Richardson, que fez questão de posar ao lado de Danny Fenster, na pista do aeroporto de Naipidau, a capital birmanesa, antes de embarcarem rumo ao Qatar, escala da viagem de regresso aos Estados Unidos.

Através da respetiva organização não governamental sem fins lucrativos "Centro Richardson", o governador agradeceu ainda ao governo da Noruega o apoio dado neste processo de libertação do editor do portal "Frontier Myanmar".

"Este é dia que esperamos ver chegar quando fazemos este tipo de trabalho", escreveu ainda Bill Richardson na rede social Twitter.

Em comunicado, o chefe da diplomacia da Casa Branca, Antony Blinken, enalteceu a libertação de Fenster após "uma injusta detenção por mais de seis meses".

"Estamos contentes que o Danny possa reunir-se em breve com a sua família", afirmou o secretário de Estado norte-americano, prometendo continuar "a pedir a libertação de outros que permanecem injustamente presos" na antiga Birmânia.

Myanmar afundou-se numa crise política em fevereiro quando uma junta militar tomou o poder pela força e deteve diversos membros do governo eleito de forma esmagadora nas eleições de novembro, incluindo a líder "de facto" do executivo, a Nobel da Paz de 1991 Aung San Suu Kyi.

O chefe da junta militar agora no poder prometeu a realização "sem falha" de novas eleições multipartidárias até agosto de 2023.

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