Vacinação obrigatória, sim ou não? Alemanha pondera imposição para travar Covid-19

Regent Street, Londres, Inglaterra
Regent Street, Londres, Inglaterra Direitos de autor AP Photo/Alastair Grant
De  Francisco Marques
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Futuro chanceler alemão Olaf Scholz admite votar a vacina obrigatória antes do fim do ano e aplicar medida em fevereiro. Em Israel, há bons sinais sobre a Ómicron

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Vacinação contra a Covid-19 obrigatória ou não? Esta é a pergunta que domina as atenções agora na Alemanha, onde o futuro chanceler se mostra favorável à imposição já a partir de fevereiro.

Numa altura em que a variante Ómicron parece estar a impulsionar a Covid-19 de novo pela Europa e condicionar as viagens inclusive entre países europeus, Olaf Scholz, que deve ser empossado nos primeiros dias de dezembro, manifestou o apoio à vacinação obrigatória após uma reunião com a ainda "dona" da chancelaria, Angela Merkel.

O social-democrata, proposto para líder do governo pela coligação "semáforo", admite colocar a questão a votação no "Bundestag" ainda ainda antes do final do ano, com o objetivo de a aplicar em fevereiro.

Ao mesmo tempo, no Reino Unido, a prioridade passa somente por acelerar o reforço da imunização para tentar travar a escalada da Ómicron.

Enquanto tenta resistir a um novo confinamento, Boris Johnson diz contar ter, no final de janeiro, todos os adultos em Inglaterra já com a terceira dose da vacina anticovid.

Se já tiver o reforço, a resposta imunitária vai ser melhor.
Boris Johnson
Primeiro-ministro do Reino Unido

"Além da abertura da vacinação ao escalão dos 12 aos 15 anos, o comité independente de vacinação recomenda o reforço para todos os maiores de 18 anos e que o intervalo entre a segunda e a terceira doses seja reduzido de seis para três meses. Isto significa que mais de 14 milhões de adultos se tornam elegíveis para o reforço da vacina só em Inglaterra", sublinhou o primeiro-ministro britânico.

Vacinação vs. vírus

Sem surpresa, os países mais vulneráveis na Europa são os que têm uma menor taxa de vacinação.

Na Chéquia, por exemplo, o governo está a tentar inocular um milhão de doses de reforço só numa semana.

Em Portugal, onde a taxa é elevada e os novos casos estão longe, para melhor, dos números da maioria da Europa, está prestes a abrir em Lisboa o maio centro de vacinação do país.

Na África do Sul, onde se pensa estar a origem da variante Ómicron, os estudos mais recentes parecem sugerir que o fecho das fronteiras europeias aos voos sul-africanos foi precipitado e alegam que os casos provocados pela nova variante são de baixa gravidade.

O ministro da Saúde de Israel afirmou, entretanto, ter dados preliminares de que as vacinas anticovid são eficazes contra esta nova variante e prometeu dados mais sólidos para os próximos dias.

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