Putin quer negociações "imediatas" com a NATO

O presidente russo, Vladimir Putin, quer negociações "imediatas" com a Organização do Tratado do Atlântico Norte e com os Estados Unidos da América. Em causa estão questões de segurança relativas à fronteira comum com a Ucrânia.
As declarações de Putin surgiram após conversações com o homólogo finlandês, Sauli Niinisto, e ocorrem numa altura em que as tensões entre Moscovo e Kiev aumentam.
O presidente russo exige que a NATO não se estenda mais para os países do leste europeu, nem mesmo através do envio de armas, em especial para a Ucrânia.
Entretanto, Kiev alertou para aquilo que diz ser um perigo para a Europa, que é a o aumento de forças russas junto da fronteira.
"A acumulação de tropas militares russas, ao longo da fronteira com a Ucrânia, é uma prova de que existe uma ameaça não só para a Ucrânia, mas para toda a comunidade europeia", afirmou o ministro ucraniano da Defesa, Oleksii Reznikov.
O Kremlin rejeita as acusações de que estará a preparar uma invasão da Ucrânia. O Governo de Moscovo acusou, no entanto, a NATO de estar a armar Kiev e a aumentar os destacamentos aéreos e marítimos na região do Mar Negro e acusou, ainda, o Governo ucraniano de violar os acordos de Minsk, que estabelece indicações para a paz no leste da Ucrânia (Donbass), onde Kiev tem lutado, durante quase oito anos, com separatistas pró-russos amplamente vistos como sendo conduzidos pelo Kremlin.