Indústria do alumínio holandesa "esmagada" pelos preços da energia

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A subida dos preços da energia, que faz sofrer a Europa, está a atingir particularmente a indústria do alumínio dos Países Baixos.

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É uma conjugação de fatores, desde a tensão entre a Rússia e a Ucrânia e a Rússia e a União Europeia ao aumento da procura após os confinamentos que leva a Europa a uma crise de preços de energia como não se via há décadas.

Nos Países Baixos, na fábrica de alumínio AIDel, nada foi produzido desde outubro, patrões e operários vivem dias difíceis. Um operário queixa-se.

"Bem, o humor é um pouco deprimente neste momento, porque 120 dos colegas vão ser despedidos. E, na verdade, ainda temos esperança aqui na fábrica de que podemos continuar aqui".

Os custos de eletricidade representam até 40% do custo total de produção do alumínio. Os analistas dizem que os preços do gás são o principal motor que alimenta a subida dos custos de energia na Europa, enquanto o custo das licenças no mercado europeu do carbono contribuem para um quinto do aumento.

Machiel Mulder, Professor de Mercados Energéticos, comenta: "Bem, os preços, primeiro foram muito elevados, em outubro, devido à recuperação da economia, ao levantamento dos confinamentos e ao aumento da procura de gás. Mas agora vemos que isso se deve principalmente a tensões geopolíticas com a Rússia, porque a maior parte do gás que recebemos na Europa vem da Rússia".

A indústria holandesa foi particularmente atingida, porque, ao contrário da Alemanha e da França, o país não tem um programa para compensar as indústrias de consumo intensivo de energia pelos custos decorrentes do aumento dos preços europeus do CO2.

A AlDel deixou de produzir novo metal em outubro. Apenas o alumínio importado é agora derretido nos seus fornos, o que significa que não há trabalho suficiente para os 325 empregados.

A empresa, que consome até 200MW de eletricidade quando funciona com a capacidade máxima, e é o único produtor de alumínio primário dos Países Baixos, apela ao governo holandês para a compensar pelos preços mais elevados da eletricidade.

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