"Quem não se render será eliminado", avisa presidente do Cazaquistão

"Quem não se render será eliminado", avisa presidente do Cazaquistão
Direitos de autor Vladimir Tretyakov/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
Direitos de autor Vladimir Tretyakov/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Kassym-Jomart Tokayev dirigiu-se à nação para anunciar que autorizou as forças de segurança a disparar contra manifestantes. Dezenas de pessoas morreram e mlhares foram detidas, na sequência de protestos, nos últimos dias.

PUBLICIDADE

O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, autorizou as forças de segurança a abrir fogo sobre os manifestantes que se insurgem no país e a disparar para matar.

Momentos depois de, esta sexta-feira, o governo cazaque ter confirmado a morte de 26 civis em protestos, Tokayev dirigiu-se à nação, para culpar os manifestantes a quem chama "terroristas", "criminosos" e "assassinos". O chefe de Estado deixou ainda o aviso: "Quem não se render será eliminado".

Num discurso emitido na televisão, o presidente começou por dizer que "a lei e a ordem são as principais garantias do bem-estar não só no Cazaquistão, mas também em todos os Estados civilizados" e que as medidas tomas pelo governo não significam "um ataque aos direitos civis e às liberdades humanas. Pelo contrário, como demonstrou a tragédia de Almaty e em outras cidades do Cazaquistão, é a não observância das leis, a permissividade e a anarquia que conduzem à violação dos direitos humanos".

Tokayev tinha já anunciado que a ordem constitucional no país estava "largamente restabelecida". A ação das autoridades cazaques foi facilitada pela chegada da ajuda de tropas russas enviadas para o Cazaquistão naquela que foi apresentada como uma intervenção para manter a paz.

O presidente responsabiliza ainda "os média livres e algumas pessoas no estrangeiro" por instigar a crise.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Novo governo no Cazaquistão

Revolta no Cazaquistão: voltam a ouvir-se tiros e Presidente declara Luto Nacional

Revolta sangrenta no Cazaquistão: Dezenas de mortos incluindo 12 agentes da lei