NASA celebra abertura do espelho principal do "James Webb": telescópio já está funcional

Equipa da NASA celebra abertura do espelho principal no "James Webb"
Equipa da NASA celebra abertura do espelho principal no "James Webb" Direitos de autor Bill Ingalls/NASA via AP
Direitos de autor Bill Ingalls/NASA via AP
De  Francisco Marques
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Telescópio espacial deixou a Terra há duas semanas e abriu este fim de semana o espelho de 6,5 metros que o deixa totalmente funcional para descobrir novos planetas habitáveis e até vida extraterrestre

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O telescópio espacial "James Webb" abriu este sábado o derradeiro e mais importante espelho e ficou este fim de semana totalmente funcional após atingir a configuração final, preparada ao longo de 20 anos.

Duas semanas após a partida do planeta Terra, o mais recente "enviado espacial" da Humanidade para lá da última fronteira da Terra desdobrou, abriu e instalou o espelho de 6,5 metros de diâmetro e revestido a ouro, que transportava dobrado para poupar espaço e ganhar velocidade.

O telescópio está agora pronto a funcionar na plenitude, o que, no entanto, só deve começar em junho, quando atingir a a posição orbital definida, a 1,5 mil milhões de quilómetros da Terra.

O "James Webb" vai ter de passar ainda por uma prevista terceira combustão para alinhar a rota para se colocar na órbita definida em torno do segundo ponto Lagrange, apelidado como "L2" no meio astronómico.

Bill Nelson, um dos administradores da agência espacial dos Estados Unidos (NASA), prevê "cerca de seis meses" até se começar a receber na Terra "as imagens" recolhidas pelo "James Webb".

Serão cinco meses de arrefecimento após esta primeira etapa da viagem, de alinhamento com a rota e de calibragem antes de o telescópio começar a enviar dados de volta para os astrónomos da NASA e da Agência Espacial do Canadá, que também participa neste projeto.

"Quando isso começar, o horizonte deixa de ser o nosso limite e vamos recolher todo o tipo de novos conhecimentos sobre quem somos, o que somos, de onde viemos e se há mais vida no espaço", perspetivou o responsável da NASA.

O telescópio “James Webb” tem previsto registar dados com uma precisão sem precedentes de mais de 13 mil milhões de anos de atividade no espaço, que é como quem diz, para lá da última fronteira do planeta Terra.

Este novo "enviado espacial" da NASA tem também a missão de descobrir novas galáxias, estudar as atmosferas de planetas muito, muito distantes e aferir se são habitáveis para os seres humanos.

"O telescópio espacial 'James Webb' é uma missão sem precedentes prestes a ver a luz das primeiras galáxias e descobrir os mistérios de nosso universo. Cada façanha já alcançada e cada conquista futura é um testamento aos milhares de inovadores que colocaram a paixão de suas vidas nesta missão", referiu ainda Bill Nelson.

Outras fontes • NASA

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