Dia de luto nacional no Cazaquistão pelas vítimas dos tumultos

Dia de luto nacional no Cazaquistão pelas vítimas dos tumultos
Direitos de autor Alexander Zemlianichenko/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
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De  Maria Barradas com AP
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O Cazaquistão vive um dia de luto nacional pelas mais de 160 vítimas dos tumultos da última semana nas ruas das principais cidades do país

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Bandeiras a meia haste no Cazaquistão, em dia de luto nacional pelos mortos da semana de violência entre manifestantes e forças da ordem.

Pelo menos 164 pessoas perderam a vida e cerca de oito mil foram detidas. Os protestos começaram há uma semana, na sequência do aumento do preço dos combustíveis, e rapidamente se transformaram em contestação ao governo.

O presidente Kassym Jomart Tokayev fala numa "tentativa de golpe de estado" e diz: "Um grupo de militantes armados que esperavam uma oportunidade juntou-se à ação. O objetivo principal tornou-se óbvio: o enfraquecimento da ordem constitucional, a destruição das instituições do governo, a tomada do poder. Estamos a falar de uma tentativa de golpe de Estado".

A Rússia destacou tropas para o Cazaquistão, para restabelecer a ordem, no âmbito de um contingente multinacional de manutenção da paz de antigas repúblicas soviéticas.

Durante uma reunião por videoconferência com os líderes desta aliança militar, Putin disse que a missão vai continuar enquanto o presidente cazaque achar necessário.

"Um contingente das forças coletivas de manutenção da paz da CSTO foi enviado para o Cazaquistão, e quero enfatizar isto, durante um período de tempo limitado. E a duração desse período será decidida pelo presidente da República do Cazaquistão. Depois de completar a sua missão, todo o contingente será, sem dúvida, retirado do território do Cazaquistão".

Com a calma a regressar às ruas, Kasım Jömart Tokayev garante que as tropas lideradas por Moscovo vão partir "em breve".

As manifestações de protesto começaram no Cazaquistão ocidental a 2 de janeiro, com base no aumento dos preços do gás de petróleo liquefeito (GPL) e no agravamento da situação socioeconómica do país, tendo-se espalhado por todo o território.

Os protestos transformaram-se me contestação ao governo e degeneraram em confrontos, especialmente na cidade de Almaty, no sul do país, onde as forças de segurança responderam com bombas de som aos manifestantes que atearam fogo aos veículos da polícia e entraram nos edifícios do governo.

O presidente do Cazaquistão, Kassym Cömert Tokayev, aceitou a demissão do governo, que culpa pelos protestos.

Tokayev declarou a ordem constitucional restaurada em todas as regiões do Cazaquistão a 7 de janeiro.

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