Bento XVI acusado de inação em casos de pedofilia

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Direitos de autor Andrew Medichini/Copyright 2018 The Associated Press. All rights reserved.
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Relatório acusa Papa Bento XVI de nada ter feito sobre casos de pedofilia enquanto liderou a Arquidiocese de Munique, na Alemanha

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O Papa emérito Bento XVI é acusado de "má conduta" num relatório apresentado, esta quinta-feira, sobre alegados abusos sexuais de menores que terão ocorrido na Arquidiocese de Munique e Freising, na Alemanha, entre 1945 e 2019.

Segundo o documento, na época em que assumiu a liderança da Arquidiocese, de 1977 a 1982, o então Arcebispo Cardeal Joseph Ratzinger nada fez para evitar abusos por parte dos clérigos em quatro casos.

"Num total de 4 casos, chegámos à conclusão de que o então Arcebispo Cardeal Ratzinger deve ser acusado de má conduta em casos de abuso sexual", referiu o advogado Martin Pusch, da firma Westpfahl Spilker Wastl, que fez o relatório.

De acordo com os autores do relatório, Bento XVI nega as acusações.

O atual arcebispo, o Cardeal Reinhard Marx, um aliado reformista do Papa Francisco, foi também acusado de nada ter feito sobre dois alegados casos de abusos.

O documento, feito a pedido da Igreja Católica, e refere que a maior parte das vítimas é do sexo masculino, sendo que cerca de 60% tinham entre oito e 14 anos.

O relatório lista, ainda, pelo menos 235 agressores, incluindo 173 padres, nove diáconos, cinco referentes pastorais e 48 funcionários escolares.

O Vaticano já se pronunciou sobre o relatório, afirmando que ainda não conhece o seu conteúdo e que nos próximos dias irá "examiná-lo em detalhe". A Santa Sé reiterou "o senso de vergonha e o remorso pelos abusos contra menores cometidos por clérigos".

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