Blinken e Lavrov: Há diálogo, mas não há progresso sobre situação na Ucrânia

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De  Ricardo Figueira
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Tensão mantém-se na fronteira ucraniana com o acumular de tropas russas. Rússia alega que é o Ocidente a criar "histeria" à volta do assunto.

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Não houve progressos significativos, mas há mais espaço para diálogo: É esse o sentimento geral depois do encontro, em Genebra, entre os chefes da diplomacia dos Estados Unidos e da Rússia, Anthony Blinken e Serguei Lavrov, num esforço para evitar um conflito na Ucrânia.

Lavrov mantém a posição de que é o Ocidente quem está a alimentar esses medos: "A Rússia nunca ameaçou o povo da Ucrânia através dos seus representantes oficiais. Não descartamos a hipótese de toda esta histeria que os nossos colegas do Ocidente estão a alimentar ter como objetivo provocar ações militares ucranianas no Donbass, ou pelo menos cobrir a completa sabotagem dos acordos de Minsk por parte do governo de Kiev. Não vejo outra explicação", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Vladimir Putin.

Não descartamos a hipótese de toda esta histeria que os nossos colegas do Ocidente estão a alimentar ter como objetivo provocar ações militares ucranianas no Donbass.
Serguei Lavrov
Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia

Blinken pergunta, se não há intenção de agredir, por que razão tem a Rússia 100 mil soldados junto à fronteira ucraniana: "Sabemos, por experiência, que a Rússia tem um extenso historial de agressões que não chegam a ser ações militares - ciberataques, táticas paramilitares e outros meios de demonstrar agressivamente os respetivos interesses sem usar abertamente a ação militar. Esses tipos de agressão, por parte da Rússia, terão uma resposta decisiva, calibrada e unida", avisou o secretário de Estado norte-americano.

Sabemos, por experiência, que a Rússia tem um extenso historial de agressões que não chegam a ser ações militares.
Anthony Blinken
Secretário de Estado dos EUA

Em ambos os lados da fronteira, acumulam-se soldados russos e ucranianos. Blinken e Lavrov têm um novo encontro na próxima semana, para responder à lista de exigências da Rússia para limitar a influência da NATO nos países da antiga União Soviética, incluindo a Ucrânia, e impedir um alargamento a leste da Aliança Atlântica.

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