Bulgária prepara batalhão militar

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A diplomacia será a principal arma da Bulgária para diminuir o conflito NATO-Rússia. No entanto, o Governo do país, que está a apenas algumas centenas de quilómetros da zona de tensão, não comentou o destacamento de tropas e equipamento militar aliados, como as notícias surgiram há dias.

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A Bulgária vai preparar um batalhão militar para a própria defesa. Esta é a decisão do país, após uma reunião a portas fechadas do Governo. A estratégia de segurança da Bulgária será atualizada, com especial incidência no melhoramento das suas capacidades militares.

O primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, anuncia que "o Governo decidiu dar prioridade à estratégia da Bulgária no sentido de desanuviar as tensões entre a NATO e a Rússia, e também utilizar todas as oportunidades através de meios diplomáticos para resolver este conflito. A nossa estratégia de defesa será baseada no exército búlgaro. O nosso exército será o líder. O que significa - tropas búlgaras, comando búlgaro e liderança militar búlgara."

"O anúncio do Governo búlgaro foi feito no contexto da notícia de que Espanha e os Países Baixos pretendem enviar navios e caças de combate para território búlgaro. Nem o primeiro-ministro, nem o ministro da defesa comentaram, no entanto, sobre um possível destacamento militar. Com o aumento das tensões, os cidadãos búlgaros estão tão divididos do que nunca", refere a jornalista da euronews Bulgária, Anastasiya Dimitrova.

Olena Kotseva é uma ucraniana que vive na Bulgária há mais de 40 anos. Ela continua a acompanhar com ansiedade as notícias do seu país. Ela sublinha que a Ucrânia está em guerra com a Rússia desde 2014.

"Queremos a paz, mas estamos a preparar-nos para a guerra. Ontem falei com o meu irmão, que vive em Kyev. Ele tem três filhos. Um dos filhos esteve na linha da frente durante um ano numa organização voluntária. O marido da sobrinha regressou da Frente sem duas pernas. Quando falei com ele ontem perguntei - "Tens medo? É assustador lá?". Ele respondeu - porque devemos ter medo? Estamos em casa. Esta é a nossa casa. Se necessário, pegarei na espingarda e defenderei o país. Os ucranianos não são escravos e nunca o serão."

Apesar de se estar a preparar para uma guerra, Sófia espera que o conflito na Ucrânia se resolva através da diplomacia.

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